Meu espaço... aqui falo com minha linguagem... às vezes como pai, esposo, evangélido, teólogo, de direita, flamenguista, comentarista... espero que gostem do que escrevo e que sejam edificados.
As vezes tenho dúvidas se o problema está no cargo político, na pessoa que o ocupa, ou se está além disso. Além, talvez, do que as redes de TV e outras mídias nos mostram diariamente.
Agora, o "saco de pancadas" da vez, é o Governador do Rio de Janeiro, que, utiliza-se de aeronaves do patrimônio estadual para translado de sua casa ao trabalho e do trabalho para sua casa de praia em Mangaratiba. Utiliza, segundo suas próprias declarações, legalmente, e como bônus do cargo.
Mas, se fizermos uma breve pesquisa, perguntando a alguns membros da família, da faculdade, dos amigos, da igreja, da vizinhança, do trabalho... fazendo a seguinte pergunta: "Vc usaria o helicóptero, se ele assim o estivesse disponível?"
Nos surpreenderíamos, com certeza, do número de respostas positivas.
Vivemos ao máximo a cultura do se dar bem, da facilitação, da remissão do tempo, e do egocentrismo. E as vezes é fácil cobrar que alguém exposto, e que tenha a obrigação de pensar no bem comum.
Precisamos realmente analisar se a mudança e indignações realmente precisam ser praticadas somente nas ruas, cobrando autoridades e co-autoridades, ou se essa indignação tem que ser mais intimista.
Eu, Leandro Pedras, assisti de perto todo o
processo de organização da Sexta Região. Participei ativamente como Delegado
Geral, com voto favorável à divisão da Primeira Região. Mas, no que diz
respeito à Juventude Wesleyana da Sexta Região (JUWES6), participei ainda mais de perto e muito ativamente. Lembro-me de algumas reuniões e telefonemas com o Pastor Luis
Carlos, onde indiquei alguns nomes para Diretor Regional. Eu também estava
presente, no Concílio Inaugural de nossa região, onde o Bispo Roberto Amaral
anunciou o nome do Wellington Junior para a direção da JUWES6. Fui o primeiro a
noticiar tanto diretamente para o novo diretor, quanto na internet. De lá pra
cá, acreditando na visão “Tempo de Crescer”, no projeto episcopal e na força e
ousadia do jovem diretor, mergulhei nesse projeto.
Alguns, sabe-se lá por qual motivo, poderão
dizer: “Não vejo nada demais na JUWES6.” Ou até mesmo: “Não sei porque alguns
jovens falam de regional com tanto amor!”
Então, como um expectador tão ativo que me
propus a ser, com conhecimento de causa, como participante de todas as reuniões
realizadas até hoje, bem como todos os eventos, me ponho a explicar um pouco do
porque desse amor.
Quando paro para lembrar sobre o curto período
que se passou, da organização da Juventude Wesleyana da Sexta Região, até hoje,
vejo que o período é recente e curto, porém muito intenso e frutífero. Lembro-me
de um fato, essa lembrança puxa outro fato, aí lembra uma realização, que lembra
um desafio vencido, que lembra alguma “loucura”, aí lembra um aprendizado, e
lembra um fato engraçado... uma coisa vai puxando a outra e a memória
trabalhando, formando um sorriso. Sorriso que as vezes é interrompido por uma
tremida de queixo, impulsionado por uma emoção. Emoção humana, sim. O corpo
reage a emoções por lembrar de momentos tão espirituais, que as vezes ganham
até uma roupagem técnica, roupagem de programação, roupagem de evento, mas, que
impactaram o mundo espiritual de várias formas. Afinal, quantas vidas foram
salvas? Quantas famílias foram abençoadas? Quantas vezes o Evangelho de Cristo
foi pregado? Quantas vezes a fé foi
fundamentada e solidificada? Quantas vezes a comunhão foi vivida? Quantas curas?
Quantos batismos com o Espírito Santo? Quanto conserto? Quantas vitórias?
Talvez você não saiba precisar os números e por em um relatório. Talvez, nem eu
mesmo, que vivi de perto, o consiga. Mas, o resultado do trabalho proposto e
executado, prova que a obra foi direta e exclusivamente espiritual. Aleluia! Quando formou-se uma nova região, novos desafios vieram. Nossos líderes foram categóricos, dizendo: "Queremos e precisamos que voês deem à Sexta Região, uma `cara`!" Então, estava nascendo uma nova juventude.Filha de uma região forte, expressiva, com um histórico invejável, que já tinha seu espaço conquistado e solidificado na denominação. O desafio então, não era simplesmente dar continuidade, mas dar uma identidade, assim como um filho tem. O filho tem características dos pais, traços dos pais, trejeitos dos pais. Porém, com personalidade própria, com projetos próprios, com características próprias, com destino próprio. Outro desafio era amadurecer em tão pouco
tempo, atendendo às expectativas, tanto da liderança, quanto dos milhares de
jovens. Uns desconfiados, outros duvidosos, outros descontentes, outros
alienados, outros surpresos, outros empolgados com essa nova caminhada imposta.
O projeto não podia ficar parado, esperando o
mundo girar e as coisas se acertarem naturalmente. Então, cheios de fé, ousadia,
voluntarismo, força e determinação, uma diretoria se formou. Essa diretoria
então, já em 2010, começou a trabalhar.
Algumas alegres e exaustivas reuniões para decidir
tudo novo. Em tão pouco tempo e sem recursos, precisávamos organizar um evento
que não tinha nome, data, local, preletor, programação, conta para depósito...
e, aos poucos tudo foi tomando forma em nossas cabeças. Tínhamos a exata noção
da responsabilidade que vinha junto com a realização do evento. A JUWES6
precisava sentir confiança, e saber que tudo andaria normalmente, apesar das
dificuldades.
Depois de horas, o primeiro projeto foi gerado
como um filho.
Fórum de Liderança Jovem - 2011
Já no início de 2011, foi realizado nosso
Primeiro Fórum de Liderança Jovem. A ideia era servir aos jovens da mesma forma
que o SPJL servia. Ministrando conhecimento, através de palestras, pregações,
músicas, estudos, e assim preparando nossos líderes locais e distritais para o
exercício de liderança com a devida capacitação e motivação. A característica mais marcante nesse evento,
foi a fé dessa diretoria, bem como dos supervisores distritais. No início
daquele ano, por ocasião das chuvas, o município de Teresópolis sofreu com a
maior tragédia natural já vivida no Brasil. Nosso evento estava marcado, para
fevereiro, justamente no município de Teresópolis, o que mais sofreu. O local,
nada sofrera com a tragédia, mas como se tratava de um lugar distante, as
notícias que vinham pela TV eram as que ficavam valendo para a avaliação
popular. Um evento preparado para 300 jovens, em uma cidade sitiada pela tragédia,
e com tanta informação na TV sobre o fato, levou a inscrição antecipada de apenas
7 (sete) jovens. Ou seja, fomos pra lá com a eminência de um prejuízo
incalculável. Mas, a fidelidade do Senhor, que viu nosso trabalho, foi grande.
No dia do evento, exatamente no dia, 290 jovens fizeram suas inscrições.
Aleluia!
Com a certeza de que o Soberano Deus estava
aprovando aquele projeto, fizemos o evento. Com inexperiência, sim, mas com
amor e zelo pelas coisas divinas ministradas na Terra.
Deus, para tornar ainda mais precioso e
especial esse evento, converteu uma pessoa que visitava o evento. Dalí, uma das
características mais fortes da JUWES6 nascia. Uma juventude que ganha almas
para o reino. Aleluia!
Nosso bispo ficou super feliz com a realização
e com o poder de mobilização da juventude, que já no primeiro evento, acreditou
que tudo daria certo. Além do bispo, todos os quase 300 participantes ficaram
surpresos com o lançamento do próximo desafio, o “Rocinha no Coração de Deus”.
Rocinha no Coração de Deus - 2011
O desafio agora passara para um nível mais
alto. Talvez, até hoje, nem o então diretor Wellington Junior, nem eu que já
trabalhara com a juventude desde 1997, nem ninguém, tenhamos a exata noção do
que esse projeto representa para nossa juventude, e por que não dizer de nossa
denominação.
Alguns chegaram a nos chamar de “loucos”. E com
razão. O desafio era muito maior do que a nossa igreja, maior que nossas
possibilidades, maior que nossa compreensão, porém, NUNCA, repito, NUNCA maior
do que nosso Deus. Hoje, fazendo esse breve histórico, ainda sinto o peso dessa
responsabilidade e preciso parar, respirar, enxugar as lágrimas e orar em
gratidão a Deus pela oportunidade de participar desse projeto. Aleluia!
Voltando às letras...
Sair das quatro paredes, viver o avivamento que
tanto buscamos nos anos anteriores, justamente no dia em que poderíamos estar
festejando mais um ano da Juventude Wesleyana, com uma tradicional festa. E, ao
invés disso, “invadir” com quase 800 jovens a maior comunidade carente da
América Latina. Uma “pequena cidade” dentro de uma metrópole como o Rio de
Janeiro. Uma comunidade marcada pelo domínio do tráfico de drogas, onde o
progresso não tinha entrada, o governo não tinha entrada, autoridade nenhuma se
sobrepunha ao mau. Lembro-me que, mais uma vez, a TV mostrava que não
deveríamos realizar um evento. Pois, nas semanas anteriores a polícia fizera
uma operação e o clima estava tenso. Nada nos parou! Se fazia necessário, e
hoje entendo um pouco isso, que nós, agentes de Deus, abríssemos o caminho. A
ordem tinha que vir de cima, movida por uma ação terrena. A palavra “Jovens, eu
vos escolhi porque sois fortes”, não fora somente pregada em nossos eventos.
Ela precisava ser vivida. Que privilégio da JUWES6 cumprir essa missão.
Vídeo publicitário do evento:
Subimos, caminhamos pelas ruas, oramos,
abençoamos famílias, oramos por traficantes que deixavam suas armas no chão e
agradeciam nossa ação, cantamos pelas ruas, pregamos de beco em beco, de viela
em viela, aos quatro cantos daquele lugar, e proclamamos: “A ROCINHA ESTÁ NO
CORAÇÃO DE DEUS”.
Todos ali, que sofreram ataques de Satanás, que
adoeceram, que perderam empregos, quer passaram lutas em suas casas, por causa
da responsabilidade de pregar o evangelho naquele lugar visivelmente dominado pelas
trevas. Todos ali, que sentiram as dores de parto, que sofreram na carne
reações do mundo espiritual, foram recompensados com a maior festa no céu
promovida pelo povo wesleyano em 2011. Sim, uma grande festa a JUWES6 promoveu
no céu, quando 72 (setenta e duas) vidas confessaram Jesus Cristo como
Salvador.
Com esse evento, a característica mais forte da
JUWES6, que é evangelizar estava consolidada, firmada, fundamentada e
experimentada no nível máximo. Aleluia!
Outra característica adquirida com esses dois
primeiros projetos, foi a de intercessão. Para esses projetos, realizamos consagrações
regionais, algumas reuniões de oração pela madrugada e a tenda de oração.
1ª Convenção Regional – 2011
O diretor havia sido nomeado pelo Conselho
Ministerial Regional para organizar a juventude como departamento, e
oficializar assim o trabalho em uma Convenção Regional.
Em agosto de 2011, aproximadamente 230 jovens
se reuniram em Penedo para fazer o devido balanço desse início e eleger um novo
diretor regional.
Com o tema “QUERO +”, o Pr. Wellington Jenigs
ministrou sobre o Espírito Santo e sua ação de dar “start” dentro de nós, afim
de realizarmos as obras do Pai aqui na terra.
Tudo era ainda muito novo, e pela inexperiência
da diretoria atual, bem como do diretor interino, Thiago Neves, o evento sofreu
com um prejuízo nas finanças. Eu, que presenciei tudo de perto, poderia
amenizar os fatos, maquiar a verdade, ou até omiti-lo. Porém, essa parte da
nossa recente história, nos trás tanto aprendizado quanto outras vitorias até
então conquistadas. Esse fato trouxe uma maturidade, uma responsabilidade, um
peso extra, mas também uma maior proximidade com nossa liderança, representada
pelas secretarias regionais. Acendeu-se uma luz de alerta sobre a
responsabilidade financeira, bem como o acompanhamento de nossos líderes.
Em um lugar super agradável, em um bairro muito
pitoresco, nossos jovens puderam se confraternizar, estreitar laços, passear,
adorar a Deus e ouvir Sua Palavra.
Toda parte administrativa foi muito bem
executada pelo então Secretário Regional de Educação, o saudoso Pastor Luis
Carlos do Nascimento Magalhães, e na tarde do segundo dia foi eleito por
maioria relativa para o cargo de Diretor Regional, exercício bienal 2012/2013,
o jovem Rodrigo Sousa.
Outra característica da nossa juventude acabara
de se mostrar. Com o primeiro evento com inscrição totalmente digital,
aceitando a partir de então pagamentos por boleto, transferência, cartões de
crédito e depósito bancário, através do nosso recém lançado site. A partir daí,
nossos supervisores passaram a não mais ter a responsabilidade de captar os
recursos vindo das inscrições. Além da divulgação tomar maior
representatividade nas mídias digitais (e-mails, redes sociais, torpedos).
Cabia à JUWES6 estar à vanguarda dessa digitalização em nossa igreja. Aleluia!
Simpósio de Liderança Jovem – 2012
Em 2012, a nova diretoria, já sob o comando de
Rodrigo Sousa, foi orientada a não fazer evento com taxa, no primeiro bimestre
deste ano. Isso por ocasião da realização do Congresso Geral da JUWES, que
tinha um investimento alto com passagem e hospedagem. Desta forma um poderia
prejudicar o outro.
Atendendo a essas orientações, a JUWES6 mostrou
outra característica que nos acompanha até hoje: a submissão e respeito às
lideranças diretas e indiretas, bem como às normatizações discutidas em
reuniões, fossem elas em âmbito geral ou regional. Então, tínhamos o desafio de
prestar o serviço de preparar líderes novos para 2012, sem cobrar taxa.
Realizamos então 3 simpósios, divididos
geograficamente, afim de facilitar tanto o trabalho dos distritos, como o da
diretoria regional. Então, aconteceram em 3 finais-de-semana consecutivos,
sendo um na Baixada Fluminense, dois na Capital e outro no Sul-Fluminense do
estado. Esse evento nos surpreendeu. A participação total foi de 613 jovens. Ou
seja, atingimos bem mais do que esperávamos, ainda com um custo baixíssimo para
cada participante, que somente investiu em refeição e uma apostila, e pouco
investiu em deslocamento.
Palestras práticas sobre setores foram
ministradas por membros de nossa diretoria, estreitando a identificação com a
liderança, dando referência simples com a mensagem de que o jovem pode!
Surgia e ficava patente mais uma característica
da JUWES6: a habilidade de dar solução prática e rápida diante de qualquer
circunstância.
Com esse evento, a atual diretoria também dava
sinais fortes de que não estava preocupada com a realização de grandes
encontros, grandes eventos, grandes retornos financeiros, mas, sim, com a
ministração da Palavra e a capacitação dos nosso jovens para trabalhar no Reino
de Deus, aqui na Terra.