quarta-feira, 16 de abril de 2014

Montanismo (Trabalho)


CEFORTE - CENTRO DE FORMAÇÃO TEOLÓGICA
Trabalho apresentado à disciplina "PROFETAS" do curso livre de Teologia do CEFORTE.
RIO DE JANEIRO - 2014

Montano:
Se revelou como profeta na Frígia, entre os anos 155 e 160 d.C. Se dizia porta-voz direto do Espírito Santo. Também afirmava ser a encarnação do Consolador descrito no Evangelho Segundo São João, nos Capítulos 14, 16 e 17. Foi o fundador do movimento chamado MONTANISMO.
Poucos registros escritos restam sobre Montano e de suas importantes Profetizas Priscila e Maximila. O que se tem vem da tradição oral e de maneira indireta pelos relatos antimontanistas.



Motivações:
Se deu pelo descontentamento com a cristandade vivida pelos seus contemporâneos. Visto que o ardor pelos últimos dias havia enfraquecido e com isso houve um esfriamento espiritual. Percebeu que os cristãos ficaram mornos em seu testemunho cristão vivido nos primeiros tempos logo após a morte e ressurreição de Cristo.

Alguns itens da doutrina do Montanismo:
Os traços mais marcantes são a Glossolalia e uma fala espiritual que tende ao êxtase. Os três personagens, Montando, Priscila e Maximila, evocam para si serem a voz de Cristo e do Espírito Santo. Sendo assim, evocam a autoridade máxima e a obediência às suas ordens diretas.
Maximila profetizou o fim do mundo logo após a sua morte. Como preparação para o fim do mundo próximo, eles ditam algumas normas, como: ascetismo moral rigoroso, proibição de matrimonio, jejuns severos, esmolas de todos os tipos constantemente. Também encorajavam o martírio e proibiam a fuga de perseguições. Não se opunham aos dogmas. Somente mais tarde começaram a apregoar a ressurreição da carne. Pregavam a restauração sem preocupação com questões teológicas. Apenas pretendiam o reavivamento e restauração da igreja pelo Consolador. Apregoavam o falar em línguas, a espera pelo fim dos dias e a rigorosa ética.

Igreja x Montanismo
Como o dogmatismo era mantido, foi difícil para a Igreja combater o movimento. O movimento cresceu na Ásia de forma rápida e organizada. A Igreja não sabia se se tratava de uma Nova Profecia ou de uma possessão demoníaca.
A solução da Igreja foi a excomungação. Isso não arrefeceu o movimento que começou até a aparecer no ocidente.
Com a morte da profetiza Maximila, em 179, e o não acontecimento do fim do mundo, o movimento mingou, mas não se extinguiu completamente.
Começou-se uma nova fase dando ênfase somente ao rigorismo moral. Depois disto, uma nova geração, destacada por Tertuliano, que reconheceu expressamente a função histórico-salvívida que montano se havia arrogado. De que com ele, o Consolador, abria novo tempo da revelação divina, além do Novo Testamento.
Hoje, o movimento somente é lembrado como movimento herege, e ainda vive na Frígia (Pepuza), onde segundo eles, descerá a Nova Jerusalém.

Referências Bibliográficas:
Site: http://www.e-cristianismo.com.br

terça-feira, 8 de abril de 2014

Carta à Igreja DRUI (Laodiceia)

CEFORTE: CENTRO DE FORMAÇÃO TEOLÓGICA 

Trabalho apresentado à disciplina APOCALIPSE do Curso Livre de Teologia do CEFORTE. 
Escrever uma carta contextualizada à uma igreja fictícia com o enredo da Carta à Igreja em Laodiceia, relatada no livro de Apocalipse 3:14-22.

 
Nilópolis, 27 de março de 2014.

Ao
Reverendíssimo Pastor da Igreja de DRUI


A Paz do Senhor.

Vimos por meio desta, trazer uma mensagem direta e franca da parte do Senhor Jesus Cristo, que é a Verdade, o que em si mesmo testifica a Verdade, pois acima dEle não há maior autoridade. Cristo, o princípio e o fim; o Alfa e o Ômega.

Nosso mestre tem olhado para o modo de vida dos irmãos. Tem visto o que tens feito, e tem se entristecido e muito. Pior, tem sentido náuseas, ânsia de vômito, pois, não há calor do Espírito Santo em suas obras. Da mesma forma suas obras também não são frias. São superficiais. Os irmãos dão valor às riquezas terrenas e não conseguem perceber que estão dando mais valor ao humanismo e a auto-suficiência. Visto que todos são abastados e prósperos, tem esquecido de cultivar o calor do Espírito Santo e de dar o devido louvor e glória ao Rei dos Reis.

Alguns dizem: “Sou próspero!”; “Nada me falta depois que entrei pra DRUI”; Batendo no peito, bradam aos quatro cantos: “EU SOU A DRUI!”; e nem se dão conta que já estão fora da graça, com pobreza de espírito, não enxergam nem o pecado e por isso nem mais se envergonham disso.

Cristo, o dono do ouro e da prata lhes convida a buscar as coisas do Espírito para que suas vidas sejam fervorosas nele e sejam ricos na alma. Ele, vos convida a trocar suas atitudes. Que busquem novamente a unção com óleo do Espírito Santo. Não deste óleo que é vendido em sua congregação como se fosse a solução dos problemas, mas enfim não passam de uma mera religiosidade.

Peço que compreendam esta palavra vinda de Deus, que somente repreende a quem ama. Eu poderia ficar somente olhando, seguindo as formalidades, e fazendo a boa política, já que prosperas. Mas, assim, vocês continuariam no erro.

O Senhor, hoje, vos chama para uma mudança de atitude. Para uma renovação espiritual. Se atenderem ao chamado do Senhor, a comunhão será restabelecida plenamente.
 

Estou certo da vitória que o Senhor irá conceder a esta congregação, se decidirem reinar com ele sobre o mundo. Mas, Ele é o Rei. Somos apenas co-herdeiros desta vitória em Cristo, seu filho.
Se atentarem para estas palavras, ouvirão o próprio Deus a falar convosco.

Seminarista Leandro Pedras

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Por que sou seminarista?



CEFORTE: CENTRO DE FORMAÇÃO TEOLÓGICA 

Trabalho apresentado à disciplina Projeto de Monografia do Curso Livre de Teologia do CEFORTE.

Por que sou seminarista?

Parece uma pergunta óbvia à primeira vista. Ou melhor, parece que a resposta será óbvia. Mas não é tão simples assim. Seria simples se fosse um curso comum. Ou até mesmo para uma finalidade comum de adquirir conhecimento acadêmico em alguma matéria ou assunto. Mas, é muito além disso.
Há um tempo atrás, era mais comum a seguinte pergunta a uma criança: “O que você quer ser quando crescer?” Aí, algumas de pronto respondiam algumas opções que pareciam mais honrosas, e até as são. As respostas mais comuns eram: Bombeiro, médico, policial, dentista, ator de TV, jogador de futebol, enfermeiro, advogado, etc... Eu, como criança comum, não era diferente. Sempre dava a opção de policial, pelo fato de ser a profissão do meu pai, de médico, para não fugir à regra das demais crianças, e dava também a incomum opção de ser pastor. Obviamente, não me sentia chamado, ou pelo menos não me dava conta desta missão aos 5 ou 10 anos de idade. Mas, com certeza, alguém orava por mim já a época. A pessoa para quem Deus deu primeiro a promessa e comissão foi à minha mãe, Missionária Marly. Ou revelada em sonhos, ou em oração, ou naquele momento devocional com Deus, ou em uma palavra vinda através de outro irmão. Palavra que foi se confirmando quando via o tratar de Deus especial com a minha vida e também na minha reação à esse tratamento.
Aos poucos, com as referências que tive, não somente de pastores, como o Pastor Hely Ferreira Guerra, Pastor Raimundo Matos, que me batizou, entre outros; mas, também, com a referência de liderança de outros irmãos, que não tem o título de pastor até hoje, mas desempenharam esta função na minha vida, sem perceber, me discipulando e me instruindo para liderança. Outras referências bem marcantes, vinham de fora do âmbito local. Como sempre fui envolvido com trabalhos distritais e regionais, sempre percebi que Deus chamava ao ministérios homens comprometidos com liderança, e os mesmos correspondiam bem a este chamado.
Algumas vezes, tentei me esconder disso. Não posso negar, que assim como tive ótimos exemplos, tive alguns que justificam o breve desânimo. Mas, Deus sempre guia pelo caminho correto, e percebemos que tudo converge para a Sua vontade, de modo que não se pode ir contra isso.
Sou um seminarista para me preparar melhor para esse chamado. Chamado para cuidar não somente da administração de uma instituição como a Igreja Metodista Wesleyana o é, mas para cuidar de vidas, de pessoas, de famílias. A responsabilidade é maior do que eu, e até mesmo maior que a denominação em que escolhi servir e exercer este ministério. Então, o preparo é parte fundamental, assim como em toda a história de Israel e do cristianismo.
Me sinto à vontade, pela minha história, pra dizer que sou seminarista pelo preparo à função, e não pelo preparo ao título. Visto que sempre trabalhei com afinco para fazer a obra, auxiliando a todos e dando o melhor de mim, mesmo sem o título.
Espero em Deus, que esse tempo seja proveitoso num todo, como foi até o dia de hoje, e que eu seja um obreiro aprovado nas letras, como já me sinto aprovado na fé.

Leandro Pedras
Seminarista - CEFORTE - 5º Período / 2014